segunda-feira, maio 07, 2012

Óleos Essenciais

Óleos essenciais, fragrância, líquidos concentrados extraídos das flores, folhas, raízes, casca de árvore e fruta de uma planta aromática são os principais ingredientes dos tratamentos utilizados na aromaterapia. Cada óleo tem um aroma único bem como componentes que podem tratar diferentes enfermidades.

Afrodisíaco: canela, cardamono, erva-doce, gengibre, hortelã-pimenta, manjericão.

Ansiedade: bejoim, bergamota, cedro, gerânio, laranja, manjerona, lavanda.

Antidepressivo: alecrim, bergamota, canela, sândalo, mandarina.

Calmante: camomila, citronela, noz moscada, olíbano.

Esgotamento Emocional: alecrim, benjoim, erva-doce e tomilho.

Estimulante: anis, cedro, eucalípto, louro, mirra, pinho, pimenta negra.


* Os óleos são usados nos difusores de óleos essenciais.*

Abertura do Consciente

A verbena em óleos, auxilia na abertura do consciente, auxilia contra stress, nervosismo, e no distúrbio do sono, também em incensos.
A verbena nos ambientes dá às boas vindas aos convidados, como uma brisa leve do Mediterrâneo, é um aroma de longa duração e agradável.

Tomilho

A palavra tomilho, derivada do grego thymus, significa coragem. Fato interessante, os egípcios utilizavam esta erva como parte do processo de mumificação.

O tomilho no ambiente serve pra inspiração, usado em óleos, ou nos incensos.

Cravo Purificador

O cravo da índia é purificador de ambientes, abre os caminhos, atrai dinheiro, destrói as energias negativas e confere a segurança.

Dica: espete cravos numa maçã vermelha, bem bonita, preencha a maçã, coloque num pratinho e deixe por um tempo até a maçã murchar.

Boas Energias! ;)

domingo, maio 06, 2012

Lar Doce Lar

 Lavanda:

Um aroma característico com notas de perfume floral, doce e suave, além de ser bonita por si só. Seu perfume traz um ar de limpeza e consequentemente de conforto. Ele nos lembra roupa limpa e passada esperando pra sair da gaveta. O ideal para um “lar doce lar”.
 A lavanda vem do latim “lavare” que quer dizer lavar ou limpar. Antigamente era esse o seu objetivo. Os romanos utilizavam o seu óleo, obtido da destilação das flores, caules e folhas, para lavar roupa, tomar banho e para aromatizar ambientes.
A sua cor uma intermediária entre o roxo e o lilás, composta de azul, rosa-vivo e cinza claro, ela é vista como referência para momentos de "relaxamento".
Cor e cheiro ajudam a dar essa ideia de um Universo Envolvente, carinhoso e afetuoso. E quem não gosta de se sentir bem de vez em quando, não é mesmo? Tudo isso se reflete na hora de escolher a decoração de um cantinho especial ou o aroma do ambiente.

A flor francesa
Não é de se duvidar que todo o romantismo dessa flor venha de um país tão inspirador como a França. Provence, no sudeste do país, é o berço das essências e aromas e um de seus cartões postais são os campos de lavanda.

Aproveite o domingo, inspire-se na lavanda e expire tudo o que ela lhe trouxer de bom para as pessoas a sua volta!

Boa Sorte!

quinta-feira, maio 03, 2012

Sara Kali

Sara Kali de origem tão misteriosa quanto a dos ciganos, é um mito que atende a todos requisitos das tribos espalhadas pelo mundo. É negra, ou melhor, de pele escura, como os egípcios e indianos. Kali em sânscrito antigo, quer dizer negro, e é do sânscrito que vem a língua romani que os ciganos falam em vários dialetos distintos. Dai também a dedução que Sara teria origem indiana e não egípcia, embora o culto da Grande Mãe tivesse se espalhado pela região, onde supostamente ela teria vivido- a Palestina.
É bom lembrar que a confusão sobre a origem dos ciganos também inclui a suposição sobre os lugares  de origem, que são os mesmos de Sara. Alguns historiadores insistem em dizer que os ciganos se originaram do Egito. Se fosse assim, a língua cigana, o romani, que é o traço mais forte de identificação de um povo, teria origem nos hieroglifos egípcios e não no sânscrito antigo, o que encerraria a discussão sobre o assunto.
Conhecida em toda Europa como a Padroeira dos Ciganos, Sara é pra história, um enigma.
Diz a tradição da terra de Camargue que Sara teria acompanhado as Marias Jacobé e Salomé. Não existe nada registrado pelo Vaticano. Nem mesmo o que o Vaticano revela sobre Maria Salomé, comprova que ela tivesse vivido em Camargue.
Uma outra tradição reconhece Sara como cigana - Kali, ou Kalin, significa ao mesmo tempo mulher cigana, na língua dos Kalé ( ciganos de Portugal e Espanha ); e negra em outro dialeto cigano.
Para os calóns, Sara teria vivido na atual Camargue, e livre, teria abrigado os amigos de Jesus. No entanto, não se sabe por que a teriam adotado como protetora.
Alguns acreditam que Sara a egípcia, foi abadessa de um convento na Líbia, sendo festejada pela igreja no dia 13 de julho. Ou também de uma outra Sara, que figura num grupo de mártires persas com duas Marias e uma Marta, e cujas relíquias foram encontradas em Gália.
Ninguém sabe quem é Sara, nem como seu culto se instalou em Saintes-Maries-de-la-Mer. A primeira menção ao nome de Sara está num texto de Vincent Philippon, redigido a mão, em 1521, chamado "A Lenda das Santas Marias" e se encontra na biblioteca de Arles, à dez léguas de Saintes Maries. Nele o autor conta que Sara cruzou Camargue à pé, pedindo ajuda pra socorrer uma pequena comunidade de cristãos. Essa prática, a que o autor chamou de "china" era vergonhosa, e que assemelhava ao que faziam e fazem os ciganos até hoje, por isso essa Sara era chamada de Kalin ( cigana ).
Os ciganos nunca disseram nada sobre a questão de Santa Sara.  Eles seguem a risca uma tradição que para a maioria não tem explicação racional. Sara é para os ciganos, muito mais que um nome, uma história. Cercada de mitos e lendas, é padroeira de um povo com essas mesmas características. Ídolo pagão, dizem alguns. Mas não podemos esquecer do que é o culto a Santa Sara, da energia de sua cripta, do vigor de sua procissão, da multidão atrás dela marchando em direção ao mar, rezando fervorosamente, sem os estigmas desse ou daquele credo. Gente que caminha também em direção à Deus. Se Sara é um ícone, um mito, uma lenda, pouco importa. O mais importante é que ela assegura àqueles que vão a Camargue, que eles não estão sozinhos e que ela mesma, Sara, é um pedacinho de Deus.
Como mãe, irmã ou mulher, Sara encarna a imagem de cúmplice perfeita. As pessoas lhe confiam seus cônjuges, seus filhos, as doenças que desejam vencer, suas dívidas e muito mais. É tudo que precisam. Sara é cúmplice. Aquela que não critica, que não censura e que só se manifesta se puder ajudar. Caso contrário, Sara continua sendo só ouvidos. E desabafar tem para o povo das estradas, um grande valor. Significa esvaziar de  mágoas o coração, pois quem vive errando pelas estradas da vida não pode se ocupar de mágoas...e magoar-se é sobrecarregar demais o coração. Um peso que a gente de viagem não quer levar na bagagem.


Fonte: * Os mistérios de Santa Sara - O retorno da Deusa pelas mãos dos Ciganos.
      
             Sibyla Rudana.

Santa Sara

Santa Sara Kali - a Negra - está ligada a uma antiga tradição católica, da Idade Média, que teve lugar de destaque na Europa: o culto às Virgens Negras.
Centenas dessas virgens, são objeto de veneração até nossos dias, como é o caso de diversas Notres-Dames e de Nossa Senhora de Montserrat e Nossa Senhora de Liesse, Santa Teresa de Lisieux e Nossa Senhora de Lourdes.
A intenção da igreja é representar as virgens negras, em substituição às divindades femininas ligadas aos cultos das religiões pré-cristãs. Tais imagens eram mais comuns à compreensão dos ciganos, já que eles mesmos veneravam divindades femininas telúricas, quase sempre representadas por imagens negras. Daí para o sincretismo foi um passo.
Relacionar Santa Sara a esses mitos ciganos antigos, e a tudo que ela pode significar para a terra, é perfeitamente compreensível. Sara, seria nesse contexto, mais uma dessas representações que os ciganos veneram e respeitam tanto. E por que os ciganos iriam a uma igreja venerar uma santa católica, quando muito bem poderiam ter um santuário ou outro lugar, desvinculado de qualquer credo religioso, para realizar seus encontros com Sara? Porque os ciganos respeitam todos os credos. Porque os ciganos jamais deixariam para trás um pedaço de si, mesmo que esse pedaço fosse representado po uma imagem católica.
A relação que os ciganos tem com seus santos protetores, difere das relações dos católicos com os mesmos. Os ciganos não ligam muito para o que pré-determinam os credos espalhados pelo mundo, muito embora participem deles.
Os ciganos em seu jeito espontâneo de expressar fervor e fé, se colocam extremamente a vontade com a divindade, pois a tem como companheira, amiga, confidente. Além do mais, o mito dos antepassados e dos seus deuses- todos da própria natureza - é diferente, e quando perguntados sobre o que há por trás de seu credo tribal, saem em desconversa. São discretos nos comentários sobre o assunto, embora o tratem de maneira apaixonada.

Fonte: * Os mistérios de Santa Sara - O retorno da Deusa pelas mãos dos Ciganos

                Sibyla Rudana.

As Virgens Negras

O culto da Grande Mãe era muito popular na cultura helenística, no Mediterrâneo, e mais tarde retornou com a figura da virgem, na tradição católica romana.
Na Europa o mito da Virgem Negra, é representado convenientemente pelas Notres-Dames.
E é nos séculos XII e XIII que se cultua a Deusa, a Grande Mãe, da forma mais maravilhosa e esplêndida que o mundo já viu. Estão lá até hoje. Um grande número delas, representadas por imagens negras de mulheres, geralmente acompanhadas de seu filho, a quem trazem no colo. São todas virgens e grande parte negras como a terra. A cultura primitiva se mescla aqui, com a necessidade atual, pra nos aproximar da importância vital da própria terra, cujos elementos químicos que a compõem são os mesmos do corpo do homem. A imagem da Virgem ou Notre-Dame é o sincretismo ou a representação da própria Gaia, Mãe terra.


Fonte: * Os mistérios de Santa Sara - O retorno da Deusa pelas mãos dos Ciganos.
           Sibyla Rudana