sábado, dezembro 29, 2007

Medicina Natural

A sociedade cigana tem seus próprios métodos de
cura e tratamento das doenças, pois recebeu de seus antepassados a grande sabedoria milenar.
As ciganas, as curandeiras são responsáveis pela
saúde do seu clã, sempre invocando a entidade maior da cura "Mamiorri", estas ciganas detêm
o conhecimento extraordinário e milenar a respeito das ervas que curam. Com as folhas, caules, flores, raízes, sementes, elas preparam
unguentos, chás,pós, pomadas, óleos, para as mais variadas doenças, como também tratam de ferimentos, queimaduras, mordidas de animais venenosos, etc. Todo este trabalho, desde a colheita até a confecção, é acompanhada de certos rituais, como: fases da lua, hora do dia ou
da noite, canções, orações, uso de amuletos,fogo, braseiros,etc.
Algumas indicações:
Castanheira - usada como fortificante.
Ameixeira - reguladora de intestinos.
Cipreste - a fumaça de sua noz queimada é utilizada contra coqueluche, suas cinzas no tratamento das hemorróidas.
Cerejeira - usada para problemas renais e seus frutos como laxante.
Macieira - reguladora dos intestinos e vesícula.
Eucalipto - combate problemas respiratórios.
Oliveira - seu óleo é usado contra queda de cabelos e azeitona,no tratamento digestivo.
Laranjeira - tratamento de gripes e resfriados.
Pinheiro - tratamento das vias respiratórias.
Nogueira - estimulante do apetite, suas nozes tem efeito laxativo.
Pereira - cura problemas nas articulações.
Sabugueiro - tratamentos gripais, resfriados, problemas renais.

Extraído de: Ciganos, Mistérios e Magia
Rosalinda da Matta
ed. Dourada.

Culinária

*Maçã Zíngara*

Ingredientes:
6 maçãs vermelhas
50 gramas de passas pretas
50 gramas de uvas passas claras
100 gramas de mel
100 gramas de nozes picadas
1 pitada de cardamomo ou cravo-da-índia em pó

Preparo:
Deixe as passas de molho em água aquecida por 30
minutos.Em seguida,escorra-as. Numa tigela de louça
misture o mel aos demais ingredientes. Reserve.
Faça um buraco no alto das maçãs com uma faca bem
afiada. Com o auxílio de uma colher,retire a metade da
polpa. Coloque as maçãs em 2 litros de água fria e uma
colher de sopa de vinagre branco. Quando for recheá-las
escorra-as e coloque a mistura de outros ingredientes
enchendo o espaço nas maçãs. Numa assadeira alta, ponha as maçãs e água que cubra 1/3 das
mesmas. Leve ao forno médio para assar.
Magia:
Numa lua nova ou crescente, ofereça a quem você deseja encantar e atrair com seu amor.
* A magia na cozinha da Cigana - Sibyla Rudana*

Ano Novo


Santa Sara abençôe todos os ciganos do mundo,
e os ciganos de coração e alma também!
Feliz Ano de 2008!
Paz, Amor,Caridade,Fraternidade,Harmonia,
Prosperidade,Saúde,Luz! ...

segunda-feira, dezembro 24, 2007

És Livre (Khalil Gibran)

És livre na luz do sol
e livre ante a estrela da noite.
E és livre quando não há sol,
nem lua, nem estrelas.
Inclusive és livre quando fecha os olhos
a tudo que existe.
Porém és escravo de quem amas,
pelo fato mesmo de amá-lo.
E és escravo de quem te ama,
pelo fato mesmo de deixar-te
amar.

Maktub


Estava escrito que os teus olhos não veriam os meus olhos...
que a minha alma não seria a tua gêmea,
que o teu ombro não descansaria o meu cansaço,
e a tua casa não teria portas para mim...
Estava escrito que teus beijos não me beijariam com ternura,
que o teu coração não poderia ser meu abrigo,
que a tua imagem seria sempre esta mítica lenda,
e tua presença, apenas utopia...
Estava escrito que meus sonhos reais nunca seriam...
que a tua lembrança guardada ficaria como rara jóia...
que meus passos se apressariam para ti e que os rejeitariam os teus, como corpos
que se repelem...
Estava escrito enfim, que a despeito de tudo que sonhei e senti e amei por ti,
nossos caminhos seguiriam eternamente como paralelas linhas...
estejam próximas ou distantes, por curto trecho ou longa caminhada,
jamais haverão de no espaço se encontrar... Maktub!

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Bandeira Cigana

UPRÉ ROMÁ LEVANTEM-SE ROM
Djelém djelém lungóne droméntsa,
Maladilém baxtalé Rroméntsa.
Ah, Rromalé, katár tumén avén,
E tsahréntsa, baxtalé droméntsa.
Ah, Rromalé,
Ah, Chavalé.
Vi man sasí ekh barí famílija,
Mudardá la e Kalí Legíja;
Avén mántsa sa e lumnjátse Rromá
Kaj phutajlé e rromané droméntsa.
Áke vrjáma, ushtí Rromá akaná,
Amén xudása mishtó kaj kerása.
Ah, Rromalé,
Ah, Chavalé.
Viajei ao longo de muitas estradas,
E encontrei Ciganos felizes.
Digam-me de onde vem
Com suas tendas
Nestas estradas do destino?
Oh, Rom,
Oh, jóvens Rom.
Eu também tinha uma grande família,
Mas a Legião Negra a exterminou;
Venham comigo, Rom do mundo inteiro,
Percorreremos novas estradas.
É hora, levantemo-nos,
É chegado o momento de agir.
Oh, Rom,
Oh, jóvens Rom.