O Flamenco
Malú Carvalho
Roupas chamativas, música, dança atraente, castanhola, Espanha. Com essas palavras pode-se resumir o flamenco. Por trás desse pequeno resumo, essa típica dança espanhola
esconde uma história e um significado, não só para o povo espanhol, mas
também para os mouras, judeus e, principalmente, ciganos.
O passado do flamenco é regado de dor, perseguição e sofrimento.
Fortemente influenciado pela cultura cigana, e com raízes na cultura
mourisca e árabe, o flamenco surgiu em uma fusão dessas culturas em um
momento histórico difícil para eles. Para aliviarem o seu sofrimento,
refletiam na música flamenca o espírito desesperado das lutas, esperança, orgulho e festas daquela época.
Essa, até então, música espanhola, consistia apenas no canto. Somente
depois que os outros elementos, como a guitarra, palmas, sapateado,
inclusive a castanhola e dança, foram acrescentados, transformando-o
também em uma dança muito típica e apreciada por todos. Atualmente,
diferente do passado, pode-se até tê-lo somente com dança e toque
(guitarra), sendo tudo muito marcante: expressão facial, mãos e
sapateado.
A roupa flamenca era composta por um vestido modesto, de
maneira parecida como se vestiam as camponesas, além de usarem
bijouterias ou pulseiras vistosas e uma flor no cabelo. Hoje, com a
modernização e a influência francesa, pode-se perceber acessórios e
vestidos com cores bem vivas e atraentes. Muito se vê do vermelho. Os
vestidos são muito justos e com grandes babados nas pontas. O penteado
também é fundamental para a composição do todo, deixando o conjunto mais
completo.
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