
em me ceder suas poesias,para que compartilhássemos no blog.
Desejo à esta" hermana",que o povo cigano,lhe jogue
flores e perfumes na sua estrada!
Muita Paz & Luz!
Opchtá!
Luna.
Entretanto, nem sempre era possível encontrar condições tão favoráveis. Acampavam, então, nos arredores de uma cidade. Nesse caso, precisavam recorrer à boa vontade dos moradores, batiam às portas das residências pedindo água potável e quando eram bem recebidos, enchiam grandes galões e os carregavam para o acampamento, porém era necessário economizar a água. Quanto ao banho e as roupas a serem lavadas, as dificuldades eram ainda maior, pois nem sempre os ciganos eram bem-vindos, o que é até compreensível, já que quando alguém permitia o uso do tanque de lavar roupas ou do banheiro para que tomassem banho, imaginem o que acontecia. Todos corriam para a mesma casa. O que com certeza deveria ser extremamente desagradável para os seus moradores, pois era comum ouvir reclamações por parte destes, em relação ao alvoroço feito pelos ciganos.
Tais situações eram passageiras, o clima mudava, as carroças danificadas eram recuperadas e voltavam à estrada. A única dificuldade persistente, impossível de ser vencida, sempre foi o preconceito. Durante todos esses anos, os ciganos foram acusados de coisas absurdas. Entretanto nunca se deixaram abater.
texto extraido do livro:
CIGANOS = ROM UM POVO SEM FRONTEIRAS
autor: NELSON PIRES FILHO
Guardioes da Luz
TRADIÇÕES CIGANAS (01)
CASAMENTO
O bebê cigano quando nasce é motivo de festejos e de grande alegria. A mulher cigana quando se encontra grávida, é alvo de toda atenção e é preservada por todo clã cigano, devendo ser mantida sob vigilância e cuidados especiais, não podendo ver ou ouvir fatos desagradáveis, estar em lugares que sejam feios, até mesmo ver máscaras ou fotografias feias. Ela deve sempre se manter bonita (xukar), alegre e de bom humor, pois os ciganos entendem que a mulher gestante cigana partilha o seu próprio corpo e sua alma com o corpo e a alma da criança (shinory) que vai nascer, completando- a. Na verdade, o filho que está gerando é tambem da familia e do clã cigano. Desse modo, quando nasce o bebê, no momento de sua primeira mamada, a mãe cigana lhe sopra no ouvido seu primeiro e mais importante nome, que ninguém fica conhecendo e que deverá levá-lo para o túmulo consigo. Esse nome, nem mesmo o pai fica sabendo. Os ciganos entendem que dessa forma a criança fica protegida das tentações dos demônios, dos duendes e dos maus espiritos. Acreditam que quando um mau espirito chama pelo nome de alguem ou de uma criança e esta olha em sua direção quando ouve o nome que está sendo chamado, fica então com sua defesa destruída. Assim, como os ciganos não conhecem seu primeiro e legítimo nome, ficam preservados desses males, estando sempre protegidos. Esse nome somente deverá ser usado pela mãe nos momentos de muita dificuldade daquela criança, fazendo suas orações para ajudá-la, por ser um nome completamente místico e somente reconhecido por ela (mãe) e pelo universo místico. Em seguida, nos festejos é lançado o batismo do seu segundo nome, que é o nome pelo qual a criança é reconhecida pelo clã e pelo seu povo e assim será chamado em todo o mundo e, finalmente, receberá seu terceiro nome, que é aquele cuja sociedade e a nação onde viva seu clã o conhecerá, isto é, seu nome social e de identificação pela sociedade em geral, que lhe trará os deveres e direitos como cidadão no país onde estiver. Logo em seguida, o bebê toma seu primeiro banho que é preparado com água, vinho, moeda de ouro e jóias.
texto extraido do livro:
CIGANOS = ROM UM POVO SEM FRONTEIRAS
autor: NELSON PIRES FILHO